16 março 2006

Não venhas tarde

Não venhas tarde, Carlos Ramos Não venhas tarde, Dizes-me tu com carinho, Sem nunca fazer alarde, Do que me pedes baixinho. Não venhas tarde, E eu peço a Deus que no fim, Teu coração ainda guarde, Um pouco de amor por mim. Tu sabes bem, Que eu vou para outra mulher, Que ela me prende também, Que eu só faço o que ela quer. Tu estás sentindo, Que te minto e sou cobarde, mas sabes dizer sorrindo, meu amor , não venhas tarde. Não venhas tarde, Dizes-me sem azedume, Quando o teu coração arde, Na fogueira do ciúme. Não venhas tarde, Dizes-me tu da janela, E eu venho sempre mais tarde, Porque não sei fugir dela. Tu sabes bem, Que eu vou para outra mulher, Que ela me prende também, Que eu só faço o que ela quer. Sem alegria, Eu confesso tenho medo, Que tu me digas um dia, Meu amor, não venhas cedo. Por ironia, Pois nunca sei onde vais, Que eu chegue cedo algum dia, E que seja, tarde de mais.

4 comentários:

ponto azul disse...

Sabes que é das canções antigas que eu gosto mais?!Isto é que era sentimento! Bjs :-)

Alegrao disse...

ponto azul: Não sabia. Eu também gosto muito e surpreendi por isso mesmo :) Beijo

Alegrao disse...

fgs: Eh láá! Com tanto corno ainda vais preso por tráfico de marfim LOOOOOL.

Anónimo disse...

Yet another beautiful portuguese Fado, so romantic, so thoughtful and meaningful.. Long live our great Fadista's...Vanda...