07 agosto 2005

Visita ao Aqueduto das Águas Livres

Ontem visitei o maior monumento nacional, o Aqueduto das Águas Livres. A conduta principal mede 19 Kms, mas se se contar com todos os ramais chega-se aos 48 Kms e se juntarmos as condutas distribuidoras para os diversos chafarizes chegamos a uns impressionantes 60 Kms. A parte mais conhecida situa-se no vale de Alcântara onde o mais alto dos arcos mede 65,29 metros, o maior arco em pedra do mundo.

Mandado construir em 1731 para colmatar a falta de água em Lisboa, foi terminado em 1748. Antes da construção do aqueduto cada cidadão de Lisboa dispunha de 6 litros de água por dia e após esse número passou a 15 litros. Nessa altura as pessoas tinham que “secar” em filas intermináveis por um fio de água, por vezes haviam cenas de pancadaria e até mortes nessas longas filas. A visita começou em Carenque/Belas, nas duas mães de água existentes: nova e velha. O aqueduto não servia apenas para fornecer água à população, servia igualmente como caminho público. As mães de água que visitei eram locais onde as pessoas se podiam sentar e descansar um pouco e as galerias eram locais ventilados e iluminados por onde as pessoas se podiam deslocar.

O caminho público por cima do vale de Alcântara foi mandado fechar devido aos crimes praticados por Diogo Alves que lançava as vítimas do alto dos arcos. Os 65 metros do arco maior equivalem a um prédio de 22 andares.

A visita também passou pela mãe de água das Amoreiras. Primeiro grande reservatório de água de Lisboa. Edificado como se de um palácio se tratasse, foi um local onde os reis se encontravam com as suas amantes. Actualmente serve de palco a exposições de arte, eventos de moda, etc. Do seu terraço avista-se grande parte de Lisboa, de salientar as torres das Amoreiras, ponte 25 de Abril, a Sé, Igreja de São Vicente, Torre Vasco da Gama, castelo de S. Jorge, etc. Também se avista a margem sul onde salta à vista a antiga zona da Lisnave.

A visita estava inserida no programa "Ciência Viva" na vertente geologia e foi dirigida por duas pessoas muito simpáticas e sabedoras no assunto, tanto o monitor do programa como a monitora (historiadora) da EPAL.

5 comentários:

Starmoon disse...

Então foi aqui que foste!!! :p Muito fixe a visita e as fotos. Eu também já fui, em visita de estudo no 12º ano, ao Museu da água. Foi demais!

Beijinhos e depois conta coisas.

Joao disse...

Pois.. eu só gostava de saber onde é que ouviste isso tudo se andaste a maior parte do tempo a tirar fotografias... ;)

Alegrao disse...

starmoon: estas são apenas algumas fotos. No total foram 123.
joao: eheheh não tirei tantas como tu... Mas tenho fotos de placas informativas que foram úteis. Outras informações foram tiradas da net.

Anónimo disse...

Saudades dos velhos tempos em que o desporto radical era atravessar o aqueduto na Amadora (zona da Sorefame) pela plataforma exterior e contemplar toda a panorâmica envolvente...

Alegrao disse...

surrubeco: bem... bota radical nisso!!!