Quando eu for grande,
quero ser gota de água,
chover sobre desertos
e terras desabitadas,
tornar-me oásis.
Quando eu for grande
quero ser Douro ou até Tejo,
levar a passear em
barcos-rabelo e cacilheiros,
todas as crianças
que nunca viram o mar.
Quando eu for grande,
quero ser oceano,
embalar nos meus braços de espuma,
todos os que não sabem nadar.
Quero criar os novos homens do mar,
para que o planeta nunca deixe
de ser azul e verde, visto da lua.
Quando eu for grande,
vou viver em harmonia
entre terra, ar, fogo e mar,
como sabia em criança...
Jacky, 19/03/2006
Há uns tempos, estava eu em casa com o meu sobrinho, ele falava-me de barcos.
Lembrei-me que há muito tempo tinha pensado em andar no velhinho cacilheiro. Era de manhã cedo e faltava muito tempo para a hora do almoço. Estavam reunidos os factores para partirmos os dois à aventura, Belém-Trafaria-Belém, levei a minha (saudosa) máquina, claro.
Ficámos os dois fascinados com a viagem, o tejo "bailava com as vagas" e a água batia vigorosamente no cacilheiro e era projectada para o ar.
Gostei muito desta foto e desafiei a autora a escrever-lhe um texto. Adorei o resultado e aqui fica publicado. Obrigado Jacky.
3 comentários:
A fotografia é que está inspiradora! Tens um sobrinho adorável :)
Muito bom este post:)
jacky: Está tudo perfeito :) Beijo
wind: Eu também acho, obrigado pela visita, um beijo
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